sexta-feira, 16 de novembro de 2012

mafra

Fui até Mafra neste domingo participar dos Jogos do Judiciário,a corrida rústica era aberta à participação da comunidade.
Foram só 4,5km,mas com largada depois da 10:30 da manhã, muito sol e um percurso bem puxado.Largada na descida e logo depois uma subida de mais ou menos 1,5km, por incrível que pareça a volta tinha bastante subida tb, até voltar para a mesma avenida da largada, e a chegada era uma subida curta mas bem pesada.Consegui puxar bem na subida e soltei o freio na descida, terminei em 17'05",feliz por conseguir manter o ritmo nas corridas mais curtas.
1º lugar geral na corrida rústica dos jogos do judiciário/Mafra

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Corrida do ISPON 11/11/2012 em Ponta Grossa.


Mais uma etapa vencida, depois de algumas quebradeiras na Graciosa e em Pomerode, fiz apenas os 5km da corrida do ISPON em Ponta Grossa. Tempo aceitável (kkk) 21' alto, num percurso em que metade da prova descia e a volta era só subida, 1º lugar geral, mas a premiação era só por categoria, a minha de 36-45 anos, aí está o pódio.
Quinta feira tem mais, outros 5km ,vou tentar melhorar um pouco o tempo, apesar de saber que vou encontrar subidas.

Da série "só acontece comigo": estava parada num sinal da avenida Ipiranga quando um carro encostou ao lado do meu. A motorista abriu a janela e pediu para eu abrir a minha. Era uma moça simpática que me perguntou: "Martha, o certo é dizer perda ou perca?".
"Hã?"
"É perda de tempo ou perca de tempo? Como se diz?"
A pergunta era tão inusitada para a hora e o local, tão surpreendente, vinda de alguém que eu não conhecia, que me deu um branco: por um milésimo de segundo eu não soube o que responder. Perca de tempo, isso existe? Então o sinal abriu, os carros da frente começaram a engatar a primeira, eu olhei para ela e disse: "É perda de tempo".
Ela sorriu em agradecimento e foi em frente. Meu carro ainda ficou um tempo parado. Eu parada no tempo. Perca de tempo.
Dei uma risada e segui meu rumo também.
Se alguém te diz "não perca tempo", e todos te dizem isso o tempo todo, como não confundir o verbo com o substantivo? Tantos confundem. São coagidos a tal.
E, cá pra nós, a "perca" parece mais amena do que a perda.
A perca de um amor é quase tão corriqueira como a perca do capítulo da novela. A perca é feira livre. A perca é festiva. A perca é música popular.
Já a perda é sinfonia de Beethoven.
A perca acontece no verão. A perca de uma cadeirinha de praia, a perca de um palito premiado de picolé.
As perdas acontecem no inverno.
A perca é simplória, a perca é distraída, a perca é provisória, logo, logo reencontrarão o que está faltando.
A perda é para sempre.
As percas reinventam o vocabulário e seu sentido, não são graves, as percas são imperfeições perdoáveis, as percas são inocentes.
As perdas são catastróficas, nada tem de folclóricas.
A perca é um erro gramatical, e apenas esse erro ela contém. De resto, não faz mal a ninguém.
A perda é um acerto gramatical, mas só esse acerto ela contém. De resto, é brutal.
Se eu pudesse voltar no tempo, reconstituiria a cena de outra forma:
“Martha, é perda de tempo ou perca de tempo? Como é que se diz?”
“O correto é dizer perda, mas é muito solene. Perca dói menos por ser mais trivial.”

(Martha Medeiros)