sábado, 5 de abril de 2014

Drummond-Se




Enfeite-se com margaridas e ternura e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

__Carlos Drummond de Andrade 
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sábado, 8 de março de 2014

Tire o pó,se precisar...


Momento reflexão: Não deixe suas panelas brilharem mais do que você!

Encontramos na internet esse texto de autor desconhecido. Ele é tão tocante e tão perfeito, que queremos compartilhar com vocês, para que reflitam e, se julgarem necessário, reavaliem suas atitudes e o modo de encarar a vida. Vale a leitura! 

"Não leve a faxina ou o trabalho tão a sério! Pense que a camada de pó vai proteger a madeira que está por baixo dela! Uma casa só vai virar um lar quando você for capaz de escrever “Eu te amo” sobre os móveis! Antigamente eu gastava no mínimo 8 horas por semana para manter tudo bem limpo, caso “alguém aparecesse para visitar” – mas depois descobri que ninguém passa “por acaso” para visitar – todos estão muito ocupados passeando, se divertindo e aproveitando a vida! E agora, se alguém aparecer de repente? Não tenho que explicar a situação da minha casa a ninguém...As pessoas não estão interessadas em saber o que eu fiquei fazendo o dia todo enquanto elas passeavam, se divertiam e aproveitavam a vida… Caso você ainda não tenha percebido: A VIDA É CURTA… APROVEITE-A!!! Tire o pó… se precisar… Mas não seria melhor pintar um quadro ou escrever uma carta, dar um passeio ou visitar um amigo, assar um bolo e lamber a colher suja de massa, plantar e regar umas sementinhas? Pese muito bem a diferença entre QUERER e PRECISAR ! Tire o pó… se precisar… Mas você não terá muito tempo livre… Para beber champanhe, nadar na praia (ou na piscina), escalar montanhas, brincar com os cachorros, ouvir música e ler livros, cultivar os amigos e aproveitar a vida!!! Tire o pó… se precisar… Mas a vida continua lá fora, o sol iluminando os olhos, o vento agitando os cabelos, um floco de neve, as gotas da chuva caindo mansamente…. - Pense bem, este dia não voltará jamais!!! Tire o pó… se precisar… mas não se esqueça que você vai envelhecer e muita coisa não será mais tão fácil de fazer como agora… E quando você partir, como todos nós partiremos um dia, também vai virar pó!!! Ninguém vai se lembrar de quantas contas você pagou, nem de sua casa tão limpinha, mas vão se lembrar de sua amizade, de sua alegria e do que você ensinou. AFINAL: “Não é o que você juntou, e sim o que você espalhou que reflete como você viveu a sua vida."

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Corupá Extreme Marathon

Estou voltando ao meu blog.Mais uma vez. Senti a necessidade de escrever sobre esta prova, a mais dura que fiz até hoje.
Corupá é uma cidade encantadora, ruas largas, casas com cerca ou muro baixo, flores,muita água,sensação de paz.
Chegamos antes do anoitecer de sexta -feira,a tempo de participar do congresso técnico, apesar de que eu já havia lido todas as informações que foram passadas,mas serve para a gente entrar no clima da prova.
Fiquei no alojamento do Hotel Tureck,e enquanto o pessoal conversava animado, eu dormi.
Acordei por duas vezes(normal ,antes de uma prova rs), e às 4hs da madrugada todos acordamos com um temporal ,chuva forte,vento, e muitos raios.A minha preocupação era com a possibilidade de cancelarem a prova se a chuva não parasse.
Voltei a pegar no sono e  já estava na hora de levantar.Tomamos café, ajeitamos nossas coisas e partimos a pé para a largada (+ou- 3km).
Devido à chuva, o percurso dos 40km teve que ser alterado, os atletas tiveram que fazer duas voltas o percurso menor, o que acrescentou alguns kms na prova.
Nós partimos meia hora depois, às 8:30 da manhã.
 Mantive um pace de 4:30 nos primeiros 4km de estrada safaltada e depois de chão.
Quando começou a subida meu ritmo diminuiu.Na primeira trilha passei alguns atletas dos 42km, e após uma trilha muito íngreme cheguei às cordas com pouco mais de uma hora de prova.
Desse trecho em diante,alternei o ritmo, tentando correr mais forte nas descidas,apesar da dificuldade por causa da lama, que engolia o tênis e deslizava muito.Caí numa poça d'água,,mergulhei mesmo, o que me provocou uma forte cãimbra na panturrilha. Voltamos à estrada de chão, uma descida muito boa, até voltar a subir entre bananeiras.
Ver o asfalto foi uma sensação de alívio e ao mesmo tempo de desespero, as pequenas subidas acabavam com as últimas forças que eu tinha.
Perdi tempo nesse trecho, poderia ter fechado a prova abaixo das 3hs, mas o corpo não respondia .Parei na casa de um morador que segurava uma mangueira oferecendo água, tirei um pouco do barro dos tênis ,molhei o rosto e segui.
Já dentro da cidade, as pernas foram sem comando, só pensava em chegar.
Fechei os 23km(ou 25, de acordo com os GPSs dos atletas) em 3h01m, bem atrás da primeira colocada, a Letícia, que fechou 40m antes, mas com folga para a terceira colocada, que terminou 30m depois de mim.
Exausta,mas feliz por ter concluído esta prova,a mais dura que enfrentei até hoje.
Agradeço à companhia de todos os amigos neste final de semana, e deixo aqui meus parabéns a cada um que participou desta prova.
Nos vemos nas montanhas!
2º lugar geral nos 23km